Cruz, 1991





Cruz
Lágrimas das nossas senhoras, 2019
Técnica mista

Cruz é de uma família quilombola de sambistas, passistas e da Velha Guarda da Portela. Tem a música e as manifestações culturais brasileiras de matriz africana como suas referências principais. Seu trabalho tem influências que vão da arte antiga africana, da espiritualidade ancestral a manifestações da cultura negra popular, como a capoeira, o jongo e o samba.

A partir de uma formação autodidata, trabalha com diferentes linguagens, como a pintura, o áudio, o vídeo e a fotografia.

Desenvolve sua pintura sobrepondo conhecimentos e experimentações em diferentes técnicas e suportes, como a tela, a parede e o corpo.

Seu trabalho se relaciona diretamente com os territórios onde se insere; através da pintura, transgride tempos e espaços, bem como realiza trocas entre pessoas e lugares.

Produz trabalhos artísticos desde 2000, em diálogo com o grafite e a pichação. Após residir em Berlim, em contato com o grafite e a cena negra das artes, retorna ao Rio e participa de duas exposições coletivas: Caminhos de Ogum (Sesc Madureira) e Tipo Coletivo (galeria Tipografia, na Gamboa), ambas em 2019.

Cruz também é produtor/realizador do Passa o Satélite, uma ocupação artístico-cultural independente que está inserida na agenda cultural da Zona Norte.

Seu estúdio se encontra na Maré, na Baixa do Sapateiro; junto com o artista Rack, produz em formato de ateliê aberto ou residência artística.