Agrade Camíz, 1988




Agrade Camíz
Namoradeira, 2019
Instalação de grades de ferro sobre fotografia

Agrade Camíz iniciou sua relação com as atividades criativas escrevendo, como forma de se auto-conhecer e de criar novas realidades.

A partir de 2012 passou a desenvolver graffitis, criando painéis e personagens. Artista multimídia, articula em seu atual trabalho a estética da arquitetura popular carioca mesclando questões relacionadas com a sexualidade, a beleza e a opressão feminina. Incorpora em muitos trabalhos grades, que remetem às imposições e padronizações do comportamento. Explora a grafia da palavra grade; a grade, agrade, agradar e a partir da ambiguidade dos sentidos de agradar e de limitar, a artista questiona, em variadas direções, as imposições comportamentais criadas pelos meios sociais, que limitam possibilidades de existir. A escolha do preto e do branco sempre esteve no escopo da construção do trabalho de Camila. As cores vêm sendo acrescentadas com o tempo, através do encontro com outros olhares artísticos e com as experiências vivenciadas pela artista. 27 Participou, em 2019, da exposição Poética entre mulheres, e a partir dessa experiência passou a explorar novos suportes e materiais, como metal, espelho e vidro. Atualmente (15 de janeiro à 30 de abril de 2020) está no SESC Ramos, com a exposição individual: Habitacional, onde através de pinturas e esculturas em metal, aborda questões relacionadas a habitação. Pelo recorte dos conjuntos habitacionais, pesquisa a cultura e a arquitetura desses locais; fazendo um paralelo com a construção arquitetônica e a construção social. Agrade cresceu no conjunto habitacional IAPC, localizado a margem do morro do Jacaré na Zona Norte carioca.