A exposição
Elã — Escola Livre de Artes
O Galpão Bela Maré apresenta como eixo de atuação o objetivo de consolidar um espaço dialógico para a formação, difusão e fruição das artes em diversas linguagens, sobretudo as artes visuais, aliadas aos pensamentos e ações da política e do território, buscando assim fundamentar o entendimento dessas expressões como potência para reinvenções do viver, além de ferramentas para efetivação dos direitos plenos da democracia.
Concebida na perspectiva de um experimento artístico-pedagógico, a ELÃ — Escola Livre de Artes, através do edital endereçado a jovens artistas com pesquisas em linguagens e suportes variados, considerando a diversidade de gênero, étnico-racial, de sexualidade e de território, propôs refletir sobre um molde discursivo de formação acerca dos termos e práticas que definem os modos de pensar e fazer na arte em concepções ampliadas.
A exposição coletiva O nome que a gente dá às coisas configura um desdobramento do processo de formação, e está inserida no contexto da programação anual Bela Verão, que desde 2018 abre convocatórias para artistas territorialmente localizados em periferias e espaços populares. Estabelecendo para a cena das artes visuais políticas da presença e engajamentos estético.
As descobertas visuais d_s artistas ativadas nesse tempo-espaço investigam os sentidos produzidos por palavras que nomeiam as ações e processos artísticos como escola, artes visuais, artista, obra de arte, exposição e outras possibilidades, em especial os atravessamentos singulares vivenciados por est_s no que diz respeito aos seus percursos, corpos, materialidades, conceitos e agenciamentos.
O espaço expositivo incorporou e sobrepôs pulsões e vozes dess_s corp_s em poéticas que elucidam estratégias e táticas visuais no que tange ao material e ao imaterial, entre visualidades e subjetividades frente às armadilhas e desafios do ser-estar artista na contemporaneidade.
É sobre isso.